segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Lembranças *

Quando chegar o dia em que você viver apenas de lembranças, de que lembranças você vai querer viver?
Das escadas que não subiu?
Das praias que não mergulhou?
Das grutas que não desbravou?
Dos beijos que não roubou, ou se deixou roubar?
Das portas que não abriu?
Das histórias que não conheceu?
Das que não viveu? Das que não contou?
Viva.
Viva pra ter o que lembrar.
Pois vai chegar o dia em que a sua maior riqueza serão as lembranças.
E são elas que te manterão vivo.

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Personalidade errada *

Nunca me importei com o que as pessoas poderiam pensar de mim, personalidade é algo que sempre valorizei. Acho que não devemos ter vergonha de ser o que somos, de dizer do que gostamos e confessar o que sentimos. E eu sou assim, errada. Erro tentando acertar, erro apenas por errar, erro porque de tanto errar já me acostumei.

Isabela Freitas

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Amor por completo *

Eu sei amar. Mas não sei fugir. Por isso, não tente me parar. Não me peça para não ir. Não me diga para tomar cuidado, eu não sei amar mais ou menos. Quando eu decido, eu vou. Me entrego, me arrisco, me corto, me estrepo, azar meu, sorte minha que nasci assim: vim ao mundo para sentir. Meu coração se esgarça, a vida se desfaz, me embolo em mim mesma, dou nó. E daí? A vida é minha. O amor é meu. Me dou de bandeja pra quem eu quiser. Você aí quer? Quer mesmo? Então leva. Mas leva tudo. Leva e não devolve. Só devolve se eu pedir. Amor não tem garantia, mas tem devolução. Pode começar do nada, pode acabar de repente, pode não ter fim. Mas tem sempre o meio. Amor tem gosto de pele, língua e segredo. Amor tem gosto de cobertas, descobertas e travesseiro. Você imagina quantas meninas existem em mim? Toda mulher é uma surpresa, uma torta mil-folhas, um bombom diferente em um lindo papel celofane. Quer provar? Eu posso acordar doce, ficar amarga e até dormir ácida sem você perceber. Mas eu quero que você perceba. Eu quero que você se alimente do que há de melhor e pior em mim. Eu quero te mostrar cada gosto, te misturar, te revirar o estômago, te virar do avesso, jogar a receita fora. (Nada de banho-maria!). O amor não tem regras, o desejo não tem limites. Minha boca é do tamanho do meu coração.
Fernanda Mello

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Rumos

Coração com palavras. Palavras vazias, que agora não significam nada. Silêncio. O barulho do coração bombeando sangue. Vida, você ainda está viva! Há muitos motivos ainda para se viver. Mas há muito silêncio, muitas dúvidas e muita esperança.

Silêncio que quer falar, falar não, gritar.

Palavras aos montes, mas que não dizem nada.

Sentimentos, confusos até, mas que agora não te levam pra frente.

Musicas que faziam sentido.

Frases que antes eram um bom motivo agora viraram uma desculpa tola e sem sentido.

Lembranças que só te jogam pra baixo.

Conselhos, aqueles que fizeram você parar e rever pra onde estava indo.

Talvez seja tarde demais para voltar atrás e fingir que nada aconteceu, mas ainda há tempo de cortar um caminho. Fazer um atalho para o rumo paralelo, com opiniões diferentes, princípios diferentes, rumos diferentes e comportamentos também. O paralelo que pode se tornar perpendicular.

Pensamentos bobos que antes nos deixavam feliz, hoje nos deixa com um sorriso discreto no rosto, saudade, decepção. Porque às vezes o amor dura, mas às vezes ele machuca em vez disso.

Antes maior medo era ficar só, hoje é ficar mal acompanhada. Companhia duradoura de carência, dúvidas, desejo e paixão não são bem vindas. Melhor ficar junto da decepção por pouco tempo.

E aquele sorriso, que voltava se tornar inteiro, começou a se quebrar de novo.

Então é perceber que já brincamos demais a ponto de perdermos a direção, agora é hora de voltar pra casa e ver que tudo não passou de uma ilusão ou uma utopia real demais.