quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A falta do que falar

Após muito pensar no que escrever, me veio uma idéia: falar um pouco sobre como é escrever.
Isso tudo aqui vem de um lampejo, um pensamento do dia que se prolonga e dá vontade de compartilhar com alguém. São mil idéias rotineiras, algumas são especiais e tratamos com carinho, ficamos ali, viajando na mesma coisa pra ver se saí algo importante, pensamos, pensamos. Até que a vontade de escrever sai, então tudo flui naturalmente, as idéias, as palavras, os argumentos.
Tem dias que você quer escrever, você precisa compartilhar aqueles milhões de pensamentos com alguém, um desabafo. Mas as palavras não saem, ficam ali querendo sair da cabeça, mas presa na garganta e nos dedos. Geralmente, esses são os dias mais difíceis onde se quer falar, mas pouco se fala. Ao longo do tempo todo aquele pensamento se desfaz, e outras opiniões surgem e viram tema para outro post.
Já tive vontade de escrever mil coisas, mas não soube como argumentar e articular os conceitos. Também sofri pela vontade imensa de querer escrever algo, mas não saia um lampejo, por menor que fosse, de idéia para um texto legal. (Hoje, por exemplo)
Enfim, isso tudo aqui pra mim é especial. São palavras, que viram frases, que montam parágrafos, que se tornam textos. Simples, né? Nem todo dia.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Problemas e confusões

Quando um problema cresce a nossa cabeça, deixamos todos os outros florecerem e ganharem uma dimensão incontrolável pra nós. Qualquer brincadeira fora do habitural, fala meio sem noção, mentirinha normal, um segredo não contado nós deixa realmente decepcionados e acanhados. Problemas antigos e enterrados voltam à tona, aquela lembrança, antes boba, parece um furacão dentro de nós.
Nós somos assim, deixamos tudo subir à cabeça e depois não damos conta. Pedimos pelo amor de Deus pra tudo isso acabar, e nos agarramos a boa e velha música. Acabamos brigando com as pessoas que não tem anda a ver com os problemas, criamos alguns outros e vamos ficando cada vez mais só. Sempre assim, ficamos na pior e recorremos ao silêncio e à música. Na nossa quietude as pessoas acabam percebendo que há algo de errado, mas poucas terão a coragem de vir perguntar o que é e tentar te ajudar. Firme-se nessas pessoas, elas só querem o seu bem.
Pensamos em sumir, nas lembranças, se as pessoas que gostamos sentiriam nossa falta, em textos, músicas. Queremos atenção, afeto, abraço, uma ligação, uma risada gostosa, um motivo pra se sorrir de verdade e não fingir um sorriso idiota.
Isso é realmente normal quando ficamos no máximo dois dias assim, mas quando ficamos alguns dias a mais e mais longos? Isso vai tornando cruel, dolorido, solitário e até mesmo masoquista. Quanto mais dor sentimos, queremos ainda mais, está certo isso? Querer o nosso pior?
Nesse momento nos tornamos poetas, qualquer acontecimento é digno de uma frase com uma filosofia de vida ou então um pensamento pra nos dar valor; e além do mais, como os grandes gênios da poesia, eles gostam do sofrimento, pois sem ele não haveria palavras, sentimento, lágrimas e tudo aquilo que lhes deixa muito feliz: a literatura. E por assim vamos, remoendo tudo aquilo que já passou a nossa cabeça, só pra sofrer um pouco mais.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Pode estar no ponto, ponto de interrogação

Era para ser um encontro comum, daqueles normais que acabam nos trazendo boas lembranças e unindo, mas não. Na pior das hipóteses foi um encontro que afastou duas pessoas. Para uma será difícil, pois queria que durasse; para a outra será só mais alguém que se foi, era momentâneo.
Separar, afastar. Palavras fortes demais que hoje acontecem frequentemente em todo lugar. Palavras que devido a outras palavras acontecem, as pessoas se magoam mais fácil, porque gostam com mais facilidade, mas se separam com a mesma facilidade. O que é fácil se vai. O difícil vira eterno. As pessoas tem ido embora com mais facilidade, dão um breve adeus e se vão, ou então, fogem, não dão notícias e fingem não se importar.
Não se importe, nem se incomode, eu vou achar alguém pra mim. Não se dê ao trabalho de preocupar se estou bem quando isso nunca fez diferença pra você. Melhor a indiferença do que a preocupação forçada. Há sempre em quem você possa apoiar, e nesse caso não é mais você.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Amor próprio *

Mas chega, se não houve troca, chega, porque amar sozinho é solitário demais, abandono demais, e você está nessa vida para evoluir, mas não para sofrer.Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz.
— Tati Bernardi